CC UNIVERSIDADE E SOCIEDADE 2021.1
Anísio Teixeira foi uma das mais maiores cabeças pensantes da na educação do Brasil. Ele criou conceitos fundamentais sobre as bases políticas do que designava como Educação Democrática e Educação Progressiva. Hoje em dia a educação não é privilégio, Anísio definiu a Educação como direito de todos e dever do Estado: “dever democrático, dever constitucional, dever imprescritível” (TEIXEIRA, 1994).
Há vários problemas para a expansão de universidades no interior do Brasil, como: dificuldade de fixação de docentes; Modelos de gestão inadequados; Cobertura regional limitada; Regimes curriculares convencionais; Exclusão de jovens do território local]. Na região Sul da Bahia existe 48 Municípios, 1.520.037 habitantes, a população escolar fundamental é de 328.932 estudantes, a população escolar ensino médio é de 74.577 estudantes. São vários os desafios criados pelos problemas, sendo eles: Desconstruir a educação como fator de exclusão social. Superar na Universidade conceitos de excelência e autonomia. Integrar a Universidade ao campo social da Educação. Recriar a Universidade Pública como protagonista em novos
modelos de desenvolvimento regional e planetário.
A pedagogia Freiriana tem também inúmeros costumes, como:
práticas pedagógicas orientadas para a conscientização; docente coordenando atividades e criando condições para uma prática educativa; o registro da autonomia, liberdade com responsabilidade ética e social.
A proposta anisiana de Universidade Popular tem como principal elemento uma breve articulação do ensino superior com o secundário. Os principais objetivos da Universidade Anisiana são:
• inclusão social.
• uso intensivo de tecnologias.
• pedagogias da autonomia.
• criativa, desafiadora, ousada.
• Internacionalização.
• Epistemodiversidade.
• Etnodiversidade.
• sustentabilidade.
• integração plena ao sistema de
educação.
O modelo Pedagógico:
• Contrato Pedagógico.
• Ensino por Equipes Docentes.
• Valorização da educação informal e não-formal.
• Sistema internacional de creditação.
• Avaliação processual de aproveitamento.
• Componente Curricular de Examinação.
• Equipes de Aprendizagem Ativa.
• Aprendizagem baseada em problemas e também em projetos
• Sistema Integrado de Aprendizagem compartilhada.
Valores:
• integração social
• promoção do desenvolvimento regional
• excelência acadêmica
•compromisso com a
Educação Básica Modelo Pedagógico
• Contrato Pedagógico.
• Ensino por Equipes Docentes.
• Valorização da educação informal e não-formal.
• Sistema internacional de creditação mobilidade acadêmica.
• Avaliação processual de aproveitamento.
• Componente Curricular de Examinação.
• Equipes de Aprendizagem Ativa.
• Aprendizagem baseada em Problemas
• Aprendizagem baseada em Projetos
• Sistema integrado de aprendizagem compartilhada. (tutorias).
"Dois fantasmas alimentam a aversão ao novo nesta instituição universitária de raízes franco-ilusitanas: de um lado, burocratização e institucionalismo, de outro lado, inércia e conservadorismo".
Milton Santos.
PEDAGOGIA AUTÔNOMA - PAULO FREIRE
Foi passado em aula um breve resumo de um trecho do livro pedagogia da autonomia de Paulo Feite, e decidi abordar um pouco sobre esse trecho específico que está no capítulo 3, parte 3.4.
Em outro momento do texto foi retrado o fato de ainda não ter resolvido o problema da tensão entre
a autoridade e a liberdade. Com o objetivo de superar a tradição tão presente, para formas de comportamento foi descoberto o autoritarismo só onde haja o exercício da autoridade.
O grande problema é que se coloca ao educador/a de opção democrática, é como trabalhar, sendo assim, quanto
mais a liberdade assume o limite necessário, mais autoridade tem ela, eticamente, para continuar lutando em seu nome.
A liberdade é fundamental, e é exercitado tomando suas próprias decisões. A liberdade amadurece no confronto com outras liberdades. Claro que, nem sempre, a liberdade do adolescente faz a melhor decisão com relação a seu amanhã, é indiscutível que os pais façam parte das decisões com
os filhos em torno desse futuro. Não se pode se omitir, mas é necessário assumir que o futuro é de seus filhos e não dos pais, não se pode esperar que as vontades e os desejos sejam os mesmos , porém, tem que reforçar o direito e a liberdade de decidir,
mesmo correndo o risco de não acertar, a seguir a decisão dos pais, serve de aprendizado. É decidindo que se aprende a decidir.
Não tem como aprender a sua identidade própria se não decide nunca, porque há sempre a consciência de que os pais vão decidir.
A posição da mãe ou do pai é a de quem, sem nenhuma diminuição da sua autoridade, humildemente, aceita o papel de enorme importância de companheirismo do filho ou da filha.
O que é de extrema necessidade é que a pessoa assuma responsavelmente a sua decisão, formando sua autonomia. A autonomia se constrói com experiências, ninguém assume a autonomia sem antes decidir.
"O autoritarismo é a rutura em favor da autoridade contra a liberdade e a licenciosidade, a rutura em favor da liberdade contra a autoridade”. Assim o autoritarismo não é mais autoridade, mas abuso de autoridade, a licenciosidade não é mais liberdade, mas depravação da liberdade."
FREIRE, Paulo.
O MODELO DA UNIVERSIDADE NOVA
Com a reforma universitária imposta pelo governo no final dos anos 1960, as universidades brasileiras sofreram muito. Em 1990, houve um desequilíbrio da educação superior e também a abertura
de mercado ao setor privado de ensino, que acabou resultando no término da universidade brasileira sendo dominada por um prestigioso viés, com uma convicção e longe das práticas de modificação da aristocracia, ocasionando numa formação universitária desconexo taxada por qualificações numerosas, vários desígnios fornecidos em programas com redução do grau de articulação.
Hoje em dia, a universidade está em uma oportunidade favorecida. Em 2004\2005 os Conselhos Superiores da UFBA tiveram a diligência em prol melhoria das universidades, entretanto, foram rapidamente impedidos por conta do conservadorismo.
Em 2006, após o impedimento, se construiu um novo programa de trabalho evidenciando a reestruturação curricular que foi nomeado de UFBA Nova, onde teve três tópicos; abertura de programas de cursos experimentais e interdisciplinares de graduação; renovação do ensino de graduação por meio de projetos acadêmico-pedagógicos criativos e consistentes; incentivo a reformas curriculares naqueles cursos que ainda não apresentaram propostas de atualização do ensino de graduação.
O projeto foi aceito, e foi tido como uma das prioridades. O projeto acabou tendo maiores dimensões, onde o MEC mostrou interesse pelo modelo apresentado decidiram torna-lo nacional, deixando de se chamar “UFBA nova” e sendo a ser “Universidade Nova”; com a finalidade de inserir na educação superior temas relevantes da cultura contemporânea e remediar a educação de maior qualidade. Trazendo assim três ciclos de educação necessária, o primeiro ciclo Bacharelado Interdisciplinar (BI) oferecidos em quatro modalidades (Artes, Humanidades, Ciência e Tecnologia, Saúde ); o segundo ciclo contempla formação específica, compreende componentes curriculares (módulos, cursos ou disciplinas) voltados para áreas de concentração ou de formação básica de carreiras profissionais ou de pós-graduação, de livre escolha do aluno.
CONTEXTO E CONDIÇÕES
Dando continuidade ao último tema abordado "O modelo da Universidade nova', no livro "A Universidade no século XXI".
A universidade pública brasileira está em um momento num momento beneficiado em vários aspectos, acatando a um dos itens do local da greve estudantil, foi decidido que iria iniciar um processo de revisão da estrutura social da universidade, objetivando pensar no futuro enquanto instituição. Em 2005, houveram algumas tentativas de como a apresentação de estudos foram tomadas, porém, infelizmente, foi impedido pela
reação conservadora de algumas unidades.
Em 2006 foi construído um programa visando a reestruturação curricular, no programa havia um item chamado UFBA Nova, com os seguintes tópicos:
• abertura de programas de cursos experimentais e interdisciplinares de
graduação.
• renovação do ensino de graduação, por meio de projetos acadêmico pedagógicos criativos e consistentes.
• incentivo a reformas curriculares naqueles cursos que ainda não
apresentaram propostas de atualização do ensino de graduação.
Nas primeiras reuniões dos conselhos, foi proposto a retomada e ampliação das discussões da revisão do plano de desenvolvimento institucional; e foi unanime a aprovação dessa moção. Com o acontecido, a comissão propôs uma pauta de organização, que inclui cronogramas e congressos.
Aprovada a pauta, se destacou a arquitetura acadêmica como prioridade da universidade.
E então o projeto deixou de ser apenas um projeto no papel e em 2006 foi apresentado de maneira formal ao Conselho Superior.
A UNIVERSIDADE NOVA
Numa comemoração dos sessenta anos da Universidade Federal de Pernambuco, foi comunicado ao conselho pleno como estava o andamento do projeto. Foi tido com grande intusiasmo e acolhimento. Então alguns reitores de universidades
federais decidiram ter um acompanhamento do projeto, com grupos de trabalho, se tornando a aplicação da proposta original que se chamou REUNI – Programa de Apoio a
Planos de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais, e depois dois anos foi aprovada pelos Conselhos Superiores e Câmara de Graduação.
A partir de 2009, a UFBA oferece uma opção de formação universitária de graduação, com base em um regime
de ciclos e módulos.
A proposta que hoje se chama Universidade Nova é uma transformação da universidade brasileira que tem os seguintes objetivos:
• introduzir na educação superior temas relevantes da cultura
contemporânea.
• dotar a educação superior de maior mobilidade.